Pesquisar este blog

sábado, 25 de fevereiro de 2012

O Possível novo Caveirão do BOPE





  Uma comitiva da Secretaria de Segurança, que inclui o secretário José Mariano Beltrame, viaja este sábado à África do Sul, para fazer a última análise antes de comprar os novos blindados para as polícias Militar e Civil. É a nova geração de Caveirões – mais compactos, ágeis e velozes – que chega para substituir os atuais, evolução de carros-fortes adaptados.

  Após inúmeras análises e testes, o veículo blindado favorito dos policiais é o Maverick, da empresa sul-africana Paramount. “É o melhor, preenche todos os requisitos”, afirmou ao IG um dos envolvidos na escolha técnica. Há uma licitação em curso, da Secretaria de Segurança (Seseg), ainda sem resultado anunciado.

  Há urgência. No dia 6, a Seseg publicou “aviso de processo de aquisição de veículo blindado de uso policial”, informando que, “em razão da necessidade imediata, (…) iniciará o processo de aquisição de veículo blindado pesado de uso policial, adequado às características próprias das operações policiais desempenhadas pelo Bope”. Os fabricantes interessados deveriam apresentar a proposta até terça-feira.

  É para acertar os últimos detalhes e especificações técnicas que Beltrame, os comandantes do Bope, tenente-coronel Renê Alonso, e do Choque, tenente-coronel Fábio Souza, e uma equipe da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), unidade de elite da Polícia Civil, vão à África.

Demanda antiga do Bope

  A Secretaria de Segurança do Rio vem estudando, há anos, diversos modelos de blindados. Com a ascensão do ex-comandante do Bope, coronel Alberto Pinheiro Neto, à chefia do Estado-Maior da PM, demandas do gênero para as unidades especiais ganharam força e velocidade.

Inúmeros modelos foram analisados

   O Bope já recebeu o russo Tigre, da Rosboron Exports, para teste. Também foram avaliados a carros da francesa Panhard, o sul-africano Gila, os britânicos da BAE RG 31M e RG32M e o israelense Sand Cat, além do Vespa (Viatura Especial de Patrulhamento) 02, modelo desenvolvido pelo Centro Tecnológico do Exército (CTEx), em cooperação com a Autolife, em São Paulo.

  O Maverick é o favorito dos policiais e foi aprovado nos testes intensos – inclusive de tiros – a que foi submetido. Durante o processo de seleção, a Paramount trouxe ao Brasil um blindado montado e outro desmontado, em um contêiner, para as autoridades analisarem, o que foi visto como uma demonstração de empenho e boa-vontade. Tendo o prazo para propostas expirado, a viagem é sinal de que o sul-africano é a provável escolha definitiva.

  O Maverick é capaz de transportar 12 homens e tem a proteção balística exigida pela PM, resistente a disparos de metralhadoras calibre .30 e fuzis 7.62mm, e resistência a explosões de granadas e bombas. Ao menos dez unidades devem ser compradas pela Secretaria de Segurança para Bope, Choque e Core.

  O veículo atende às necessidades das unidades de elite, que estavam em busca de um carro de transporte blindado menor, mais moderno, ágil e com maior manobrabilidade em ladeiras e espaços limitados, adequado às favelas. O robusto Maverick tem motor a diesel e tração 4×4 com transmissão automática, o que facilita o desempenho em qualquer terreno. Outro fator importante é a existência de peças de reposição no Brasil.

  Atendendo às necessidades do Batalhão de Choque, um ou dois veículos receberão uma torre com jato de água, para o controle de distúrbios.

  Um ponto de preocupação no carro original eram as 11 janelas, que, embora deem ótima visibilidade para a equipe, são consideradas grandes demais pelos policiais – nos atuais Caveirões as escotilhas são pequenas. Também são blindadas, mas a questão é se haverá viabilidade econômica de substituí-las, no caso de necessidade.

  Diante dos pedidos da polícia do Rio, a Paramount se comprometeu a diminuí-las. Uma câmera ainda pode ser instalada na traseira para melhorar a visibilidade do motorista.

FONTE:  Forças Terrestres.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O BOPE




  BATALHÃO DE OPERAÇÕES POLICIAIS ESPECIAIS, O BOPE

 Hoje em dia o país inteiro, e até o mundo conhece o BOPE; graças, em parte, à mídia que trabalhou massivamente em cima do nome, e claro seus feitos que com o passar dos anos vem se tornando cada vez mais heroicos.
 Com o passar dos anos a necessidade permitiu que o BOPE evoluísse da categoria de um minúsculo grupo da PM a posição de melhor tropa policial especializada em combate urbano do mundo: ’’O Bope não é uma força que age como policial, e sim uma força de combate. Seu treinamento, armamentos e veículos são feitos para o enfrentamento. Não é uma tropa de policiamento ostensivo, somos uma tropa de combate’’, comentou certa vez o Comandante do Batalhão.

  O SÍMBOLO
 O símbolo do Batalhão de Operações Especiais, também muito conhecido hoje, talvez até um dos mais conhecidos causa arrepios em muita gente mesmo sendo um batalhão e símbolo tão conhecidos, Diz-se que a faca na caveira simboliza a vitória da vida sobre a morte, Sua origem ainda é incerta, com muitos mitos, porém comenta-se que durante a Segunda Guerra mundial um grupo de commandos das forças aliadas teria ido a um campo de concentração nazista para libertar prisioneiros. Enfrentaram muita resistência e ao entrarem na sala de um dos oficiais alemães verificaram que havia ‘’troféus’’ macabros, como crânios e ossos humanos. Foi quando, num gesto de indignação um soldado tirou uma adaga de seu uniforme e cravou em cima de um crânio, e bradou a todos que a vida, naquele momento, venceu a morte.

 Origem
Criado em 19 de Janeiro de 1978 como Núcleo da Companhia de Operações especiais (NuCOE), através de um projeto elaborado e apresentado pelo capitão Paulo Cesar Amêndola de Souza a seu superior, o Cel. Mario José Sotero de Menezes, o Batalhão inicialmente foi sediado no CFAP-31 de voluntários. Em 1982, devido ao boletim de polícia de nº 33, por resolução do Comandante Geral da PM, o NuCOE passou a funcionar dentro das instalações do Batalhão de Polícia de Choque. Dois anos mais tarde, em 1984, outro boletim, de nº 120, dava mais autonomia ao Batalhão, que teve sua sede transferida para as instalações físicas do Regimento Marechal Caetano de Farias. Passou a se chamar NuCIOE (Núcleo de Companhia Independente de Operações Especiais), contudo ainda era subordinado administrativamente pelo batalhão de Choque.
Só através de um decreto lei de março de 1988, foi criada a CIOE (Companhia Independente de Operações Especiais) essa sim tendo direito de executar suas próprias missões em todo o Estado do Rio, desde que ordenadas pelo Comandante geral da PM.
 O BOPE, como se conhece hoje, surgiu em 1991 e ganhou sede própria apenas em 2000. Localizada no morro do Pereirão no bairro das laranjeiras; área que por muitos anos foi dominada pelo tráfico, até iniciarem as ações da polícia.

  OS DEZ MOTIVOS QUE DERAM INÍCIO À CRIAÇÃO DO BOPE:

1 - Combate ao crime organizado, visando a captura ou neutralização de seus agentes;
2 - Captura de delinquentes, fortemente armados e entrincheirados;
3 - Resgate de pessoas mantidas reféns;
4 - Atuação nas rebeliões de presos e estabelecimentos prisionais e nas unidades concentradoras de presos;
5 - Apoio às atividades específicas de Defesa Civil;
6 - Apoio às Operações Policiais Militares em favelas em que quadrilhas organizadas estão posicionadas e fortemente armadas,
7 - Execução de Operações Especiais de Polícia, por longo período de tempo, em áreas urbanas ou rurais, em terrenos montanhosos ou pantanosos, em zonas ribeirinhas ou costeiras;
8 - Execução de Operações helitransportadas, em missões como: Salvamento, localização de marginais entrincheirados em favelas, perseguições aéreas e similares;
9 - Apoio ao Departamento do Sistema Penitenciário (DESIPE) nas escoltas de presos de alta periculosidade;
10 - Execução de missões no Campo da Contraguerrilha Urbana e/ou Rural.


  O CURSO
 Para ingressar no Bope o PM interessado deve inscrever-se no COESP (Curso de Operações Especiais) ou no CAT e conseguir concluir todas as etapas de cada curso. Os que não conseguem são desligados, e sua participação se resumirá a uma cruz branca, próximo a uma placa provocativa que diz ‘’aqui jazem os fracos’’.
 O COESP do Rio de Janeiro é considerado o melhor curso do gênero em todo o Brasil. Tem duração de 3 a 5 meses e é realizado de dois em dois anos numa área em torno da represa de Ribeirão das Lajes, localizada em Paracambi, Estado do Rio. Tendo como maiores inimigos o frio, o sono, a fadiga e a tensão, a maioria dos ‘’aspiras’’(aspirantes) são desligados ainda na primeira ‘’semana’’(que na verdade corresponde a 15 dias), ao passo que no final não mais que 20% dos inscritos conseguem aprovação.
 A ‘’guerra’’ começa no inicio do dia: sempre há a escolha de um líder. Para ele e os demais são dadas tarefas que exigem habilidade e rapidez, tais como descer uma ribanceira equipados, guardar o equipamento, sentar sob uma tenda improvisada como sala de aula. Tudo isso em 2 minutos. De noite um aluno do Coesp dorme em média 3 horas, e tudo o que ele come não é ‘’dado’’ e sim negociado em troca da execução de alguma atividade.
 Certas vezes os cursos de ingresso ao BOPE podem parecer ‘’insanos’’ como algo que beire o abuso de poder. Porém cada um deles é preparado com dois anos de antecedência, e no caso do COESP,cerca de 80 PM’s revezam-se nas instruções durante cada edição.



O cemitério de "aspiras" que não passam no curso para se tornar um caveira. Apenas 20% dos candidatos conseguem aprovação no curso preparatório para entrar no BOPE.

  Algumas provas e exercícios já são conhecidos como:
Prova do Cavalo sem cela- o aspirante deveria realizar uma marcha de 120 km montado num cavalo sem cela. Não é rara a ocorrência de fraturas nesse teste.
Escalada- Consiste em uma prova na qual o PM deve subir por uma corda de 10 metros até seu término sem usar os pés.
Natação – O PM é ‘’convidado’’ a nadar 50 metros nado livre estando equipado de farda e coturno e com um tempo limite para alcançar o final da prova. É comum câimbras e até mesmo principio de afogamento nessa hora.

  TREINAMENTO
 O treinamento dado aos PM’s aprovados no curso do Coesp consiste tanto na aprendizagem de artes marciais, como Ving Tsun, Jiu-Jitsu, Muay Thai, Kombato e Krav maga; bem como treino específico para a atividade policial.
 No caso do treino mais direcionado a ações, são passadas as táticas de progressão em favelas, dentre as quais se destacam: ‘’dois por um’’(onde adentram num beco da favela dois soldados, um agachado, e um em pé, com a arma apontada para cima); ’’três meia zero’’(onde os PM’s estabelecem uma segurança em círculo em um determinado local e/ou perímetro, assim cada um tem uma visão diferente, de um local diferente, podendo cobrir toda a área, evitando que alguém os surpreenda, técnica muito usada para resgate, proteção de um companheiro ou civil feridos durante um combate, entre outros); e o ‘’ataque surpresa’’ (policiais sobem por um lado do morro em silêncio e descem de rapel do outro lado para surpreender traficantes que defendem seus pontos na favela).
 Os caveiras são treinados em diversos tipos de terrenos e situações, podem entrar em uma favela, pela mata, de rapel por helicóptero, escalando uma encosta de acesso a comunidade e até pela água, dependendo a operação designada, o famoso “efeito surpresa” é crucial para o sucesso da operação e preservação dos companheiros em ação.
 Numa ação real, uma patrulha do Bope é constituída de 8 a 20 homens, dos quais os mais experientes vão à frente deixando que os que estão atrás protejam as laterais e a retaguarda.
 Uma equipe de patrulha de 8 homens é composta dos seguintes elementos:

1º Ponta de Vanguarda, 2º Ponta de Vanguarda, Comandante (comanda a patrulha), Tarefa Especial (é quem aborda e faz a revista em algum suspeito, ele também tem a função de conduzir equipamentos especiais ou homens presos, por exemplo), Atirador, Subcomandante (comanda os pontas de retaguarda), 2º Ponta de Retaguarda e 1º Ponta de Retaguarda. Toda a equipe se comunica através de gestos. O Comandante tem o papel de passar ás instruções via rádio para todas as equipes.

  CURSO DE AÇÕES TÁTICAS (CAT)
 O CAT (Curso de Ações Táticas), oferecido a soldados, cabos e sargentos é visto como a entrada mais ‘’fácil’’ para o BOPE. Os aprovados participam diretamente de operações com a Tropa de Elite, porém não são considerados ‘’caveiras’’ de verdade, diferente do que ocorre no COESP. A fase de instrução dura 40 dias e é composta de aulas teóricas, exercícios físicos e treinos. No CAT os alunos podem comer e beber sem privações, bem como podem fazer uso de soro ou repositores isotônicos acoplados ao colete.

  CURSO DE INTERVENÇÕES TÁTICAS (CIT)
 Com a realização de grandes eventos, como as Olimpíadas de 2016 e a Copa de 2014, umas das crescentes preocupações do BOPE é ampliar o treinamento de seus policiais a fim de evitar e/ou solucionar ocorrências de atos terroristas. Para isso deverá ser criado o Curso de Intervenções Táticas (CIT), bem como uma unidade específica de combate ao terrorismo.

EM AÇÃO
 Um guerreiro de unidade de elite tem que seguir não só dez, mas onze mandamentos essenciais ao desempenho de sua função:
 Agressividade Controlada, Controle Emocional, Disciplina Consciente, Espírito de Corpo, Honestidade, Iniciativa, Lealdade, Liderança, Perseverança e versatilidade. Prestando atenção, pode-se verificar em cada ação bem sucedida de uma tropa de elite a prática de tais mandamentos.

  1- INICIATIVA - O dia que os ‘’caveiras’’ foram para a guerra (1981)
 No dia 03 de Abril de 1981, um fato épico marcou para sempre a história da luta contra o crime organizado no Rio. No conjunto dos bancários, ocupavam o apartamento 313 da Rua Altinópolis o assaltante Jorge Saldanha (membro fundador do Comando Vermelho), mais conhecido como ‘’Zé Bigode’’ e seus comparsas. A quadrilha planejava um assalto a banco, quando a Polícia Civil foi informada da posição do bando, enviando contra eles centenas de agentes de polícia ‘’comuns’’.
Munidos de muitos armamentos, os bandidos resistiram por 10 horas, conseguindo, na reação, tirar a vida de dois agentes e ferindo outro. Era notório que as forças de segurança fluminenses como a PM ou a Civil ainda não estavam preparadas para situações dessa natureza. Com apenas três anos de fundação, era a hora do NUCOE (atual BOPE) começar a agir.
‘’Ninguém tinha técnica para esse tipo de ação e nós já treinávamos fazia três anos’’, comenta o tenente-coronel Paulo Cesar Amêndola (considerado o ‘’pai’ do Bope), que foi escalado para chefiar a operação. ’’Éramos apenas eu e mais quatro. Ficamos em escadas fora do prédio e lançamos uma granada ofensiva. Em seguida entramos e, na troca de tiros, matamos Zé Bigode e seus comparsas’’.

 - As táticas empregadas pelo BOPE recebem influencias de táticas empregadas em outras forças policiais estrangeiras como de Israel e a swat dos EUA. -

  2 - PERSEVERANÇA - Eclode a Guerra na Rocinha (1987-1988).
 Com a chegada da cocaína aos morros cariocas, era cada vez mais difícil para as facções manter o controle sobre seus pontos de venda. Fazia-se necessário investir em armamento pesado para proteger as ‘’bocas de fumo’’ dos rivais. Em dezembro de 1987 eclodiu um confronto nunca antes visto entre traficantes. Naldo, Bolado, Buzunga, Cassiano e Brasileirinho são nomes que ‘’povoaram’’ os noticiários da época; mas nada chocou mais a opinião pública que a imagem de Brasileirinho, um garoto de 15 anos, disparando rajadas de fuzil. Nem mesmo a PM dispunha desse tipo de armamento! Nessa hora, o NUCIOE entrou em ação: Mesmo inferiorizada em armamento, o treinamento dos policiais fez com que o Estado prevalecesse sobre os bandidos. Naldo (chefe do tráfico), Buzunga (gerente da boca) e Brasileirinho acabaram mortos.

  3 - CONTROLE EMOCIONAL - O seqüestro do ônibus 174 (2000)
 No dia 12 de Junho de 2000 uma tentativa de assalto em um ônibus engendrada por Sandro do Nascimento transformou-se num sequestro.
 Acuado com a presença da polícia, que percebeu o assalto quando o veículo passava pelo Jardim Botânico, Sandro fez 11 reféns. Logo o BOPE foi acionado, na tentativa de resgatar as vítimas, e seguiu com uma equipe até o local da ocorrência.
 Depois de 4 horas e meia de negociação, Sandro deixou o ônibus com a arma apontada para a professora Geisa Gonçalves. Um dos policiais tentou acertar o criminoso e errou o tiro. Na mesma hora o meliante atira e mata a professora. O bandido, dominado após o disparo, foi colocado na viatura da PM e faleceu por asfixia! Por falta de provas nenhum policial foi condenado.
 Depois do sequestro do ônibus 174 em diante todas as tentativas de resgate de reféns feitas pelo BOPE foram bem sucedidas. Houve também a criação do CAT (Curso de Ações Táticas) especializado em lidar com esse tipo de situação.

  4 - DISCIPLINA CONSCIENTE - A ‘’derrubada’’ de Lulu da Rocinha (2004)
 Em Abril de 2004 uma operação do BOPE foi responsável pela morte do então chefe do tráfico na Rocinha: Luciano Barbosa da Silva, o Lulu e de um cúmplice. O bandido escondia-se numa casa de dois andares e criava um pit Bull no terraço para repelir quem ousasse entrar. Após denuncia, a equipe alpha o BOPE cercou o imóvel e trocou tiro por 15 minutos com os dois traficantes. Depois da ação, com os bandidos mortos, a PM apreendeu dentro da casa dois fuzis HK, duas pistolas Glock e munição suficiente para mais 1 hora de confronto.

  5 - LEALDADE - Caem os irmãos metralha (2004)
 Famosos pela extrema agressividade de suas ações, Humberto de Souza Brito, ex-gerente do tráfico na Fazendinha e seu irmão gêmeo, Roberto de Souza Brito, mais conhecidos como ‘’irmãos metralha’’ tiveram seus planos frustrados pelo BOPE em Agosto de 2004. Na ação, 40 policiais entraram em ‘’incursão surpresa’’ no morro onde havia um grupo de 25 bandidos armados, os quais tentaram escapar lançando granadas e usando moradores de escudo para conter o avanço policial.
 Na ação Humberto, que portava um fuzil AR-15, morreu após ter sido atingido e não resistir aos ferimentos. Seu irmão Roberto foi preso. Nesse dia mais quatro traficantes foram mortos.
 Um ano antes os irmãos metralha ordenaram o covarde assassinato do policial civil Pedro Luiz Calmon, que foi morto com tiro na cabeça, de joelhos, implorando pela vida de sua esposa e de seu filho.

  6 - AGRESSIVIDADE CONTROLADA - Guerra no Vidigal (2006)
 Em meados de 2006, um confronto entre facções rivais aterrorizou os moradores da Zona Sul do Rio. Uma das facções que havia invadido o morro para controlar as ‘’bocas’’ matou 4 moradores da comunidade.
 Com a situação fora do controle, 30 homens do BOPE foram acionados e seguiram para a área na tentativa de pacificar o Vidigal. Os PM’s trocaram tiros com 16 traficantes, que lançaram três granadas como forma de conter o avanço, ferindo dois soldados. Sete criminosos abrigaram-se numa casa, que foi cercada pelos policiais, que deles tomaram sete fuzis. Algumas prisões efetuadas e sete traficantes mortos... Seria uma ação ‘’comum’’ do BOPE se não fosse por um detalhe: os ‘’caveiras’’ saíram da favela sob aplauso dos moradores!!!

  7 - ESPÍRITO DE CORPO - o resgate do soldado Wilson e a resposta da PM (2007)
 No dia 03 de maio de 2007, homens da Polícia Militar participaram de mega-ocupação dos complexos da Penha e do Alemão. A situação havia saído do controle após o assassinato de dois cabos da PM que estavam dentro de uma viatura no subúrbio de Oswaldo Cruz, em 1º de maio de 2007. Próximo dali, no mesmo ano, outro crime chocou o país: a morte do garoto João Hélio, que foi arrastado preso a um automóvel após dois assaltantes tomarem o carro no qual ele estava.
 Durante a incursão o BOPE sofre sua primeira baixa em combate: o soldado Wilson Santana foi atingido após uma tentativa de localizar de onde partiam os tiros contra sua equipe: avisou ao sargento que sabia onde estavam os atiradores e precisava de cobertura para progredir, ficar em posição de tiro e neutralizá-los.   Cobertura dada, Wilson atravessou a rua toda sozinho, quando foi atingido e caiu sem se mexer. Seu amigo, soldado Luiz Claudio de Carvalho Ros, ao ver a cena, entrou numa viatura sem blindagem e foi até onde estava o corpo de Wilson, arrastando-lhe para fora da linha de tiro, até que uma viatura blindada chagasse para o resgate de ambos. Seu ato de bravura rendeu-lhe uma promoção a Cabo da PM. Atualmente situações como as que levaram a morte do PM em combate ficaram menos frequentes, após a adoção dos ‘’snipers urbanos’’: atiradores de elite que se posicionam em pontos estratégicos e eliminam os focos de resistência para o avanço da tropa. O que muitas vezes também é feito de helicóptero.
Dois meses depois da morte do Wilson, foi dada, em 27 de Julho do mesmo ano, a ordem para o BOPE asfixiar o tráfico no Areal e anular seus lideres. A missão, executada com sucesso, resultou na morte de 19 criminosos num tiroteio que durou um dia inteiro. No final da ocupação, 38 pessoas haviam morrido, além das prisões efetuadas e de bandidos feridos.

  8 - VERSATILIDADE - Pacificação da Vila cruzeiro de do Complexo do Alemão (2010)
 Após uma onda de ataques a mando de traficantes contra a população do Rio, onde se queimaram carros e ônibus, o Governo do estado juntamente com o Governo Federal planejou uma ação sem precedentes.   Dessa vez não agiram apenas para conter os ataques, mas sim para expandir as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPP), motivo maior pelo qual ocorreu a onda de violência.
As três forças armadas, juntamente com as polícias Federal (COT), Civil, Florestal e Militar, dentre outras forças, iniciaram a invasão da Vila Cruzeiro no dia 25 de Novembro de 2010, conseguindo êxito com grande rapidez. Dois dias depois foi a vez do complexo do Alemão, também ‘’pacificado’’ sem grandes dificuldades.
 A operação destacou-se pelo inédito uso de blindados da Marinha, que serviram para levar policiais do BOPE para posições estratégicas minimizando o tempo da operação e as possíveis baixas. Talvez o momento mais marcante da ação tenha sido a fuga em massa de criminosos da Vila Cruzeiro, onde apenas 13 policiais do BOPE trocaram tiros com 200 bandidos em fuga, um deles sendo atingido por um atirador de elite a mais de 1 km de distância!!!
Ainda assim várias criticas foram destinadas ao Comando Geral da PM, visto que o numero de traficantes mortos ou capturados foi relativamente baixo e muitos conseguiram fugir sem posteriormente serem localizados.



 O BOPE, é a tropa mais bem preparada em combate urbano do mundo, o batalhão tounou-se tão eficaz que tropas do mundo inteiro vem até aqui para terem aulas com o BOPE, afinal o BOPE é a única unidade de Elite quem tem treinamento todos os dias. Todos os dias há uma operação do BOPE em andamento no Rio de Janeiro.

Fontes: BOPE, campo de batalha terrestre, Site Defesanet, Portal O Dia, Site Sobrevivente na PM RJ, Site Tropas de Elite.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Exército brasileiro prepara sistema para prevenir ataques cibernéticos



 

O Exército brasileiro anunciou a compra de novos softwares para segurança e prevenção contra ataques cibernéticos.
As medidas fazem parte de um planejamento mais abrangente do governo brasileiro para criar um sistema de defesa e contra-ataque de possíveis ameaças a páginas e redes institucionais e de proteção a dados sensíveis.
“Hoje temos um preparo mínimo para cenários de ataque. Temos uma grande rede, a EBnet, que reúne os quartéis em todo o país, e ela está bem blindada, mas há pontos de vulnerabilidade”, disse à BBC Brasil o general Antonino Santos Guerra, diretor do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (Ccomgex).
Em janeiro, as Forças Armadas concluíram duas licitações para a compra de um antivírus e de um programa que simula ataques cibernéticos, no valor total de cerca de R$ 6 milhões. Os dois programas serão desenvolvidos por empresas brasileiras.
Na última sexta-feira, o grupo de hackers Anonymous Brasil atacou o site do Banco Central e as páginas dos bancos BMG, Citibank e PanAmericano, que ficaram temporariamente instáveis.
O grupo também assumiu a autoria de ataques aos sites dos bancos Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e HSBC, que aconteceram durante a semana.
Também na última sexta-feira, o FBI anunciou que está investigando como ativistas ligados ao grupo Anonymous conseguiram interceptar uma conferência telefônica entre agentes americanos e a britânica Scotland Yard, em que discutiam ações legais contra os hackers.
Outros ataques em sites institucionais americanos e gregos foram registrados.

Defesa cibernética

“Os ataques que registramos até agora são parecidos com os que acontecem em qualquer empresa. Tentativas de roubos de senhas, negações de serviço, etc. Mas o modo como se obtém uma senha de banco é o mesmo que se pode usar para obter dados confidenciais do Exército. E já tivemos sites do governo derrubados”, afirma Guerra.
Segundo o general, o simulador de guerra cibernética treinará os oficiais em pelo menos 25 cenários de diversos tipos de ataque contra redes semelhantes às do Exército.
A Ccomgex, que coordena a compra do antivírus e do simulador de ataques cibernéticos faz parte do Centro de Defesa Cibernética do Exército (CDCiber), criado em 2010 para concentrar a administração de todas as ações de proteção virtual da organização.
O programa adquirido por R$ 5,1 milhões será desenvolvido pela empresa carioca Decatron e atualizado de acordo com as necessidades da organização, o que deve facilitar a manutenção do sistema de segurança, de acordo com o general.
O antivírus, no valor de R$ 800 mil, também está em fase de desenvolvimento e deverá ser entregue pela empresa BluePex, de Campinas (SP), dentro de 12 meses.
O diretor do Ccomgex diz que a preferência por empresas nacionais para o programa de proteção do Exército deve estimular a competição e o avanço das empresas de tecnologia e sistemas de segurança no Brasil.
Por isso, as empresas que venceram as licitações terão prazos maiores para realizar mudanças customizadas nos programas, de acordo com as necessidades das Forças Armadas.
O orçamento previsto para o CDCiber em 2012 é de R$ 83 milhões, que devem ser destinados a pelo menos outras quatro aquisições que incluem equipamentos, softwares e o treinamento de pelo menos 500 oficiais.
“Temos cursos externos para militares das três forças e também no mercado universitário, para pós-graduações. No futuro, queremos contratar pessoas que conhecem a área para trabalhar aqui, ou que possam dar consultoria”, disse Guerra.

 Se prestarmos um pouco mais de atenção, já começaram algumas batalhas cibernéticas, esse ano principalmente um famoso grupo está para desencadear uma verdadeira guerra. Temos que nos protegermos mesmo e toda segurança ainda é pouca, mês passado o site e alguns dados do FBI foi atacado.

Fontes: G1, BBc e forças terrestres.

GRUMEC


 Bem pra começar a falar de forças especiais, vou começar falando dos Mergulhadores de Combate, ou GRUMEC, não é tão comum as pessoas conhecerem esse grupamento, mas com certeza eles são uns dos mais bem treinados no país.

Grupamento de Mergulhadores de Combate

País:                       Brasil

Subordinação:        Comando da Força de Submarinos

Sigla:                      GRUMEC

Criação:                 1997

Lema:                     FORTUNA AUDACES SEQUITUR

  O Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC) é uma unidade de Forças Especiais da Marinha do Brasil. Com doutrina semelhante a dos Navy Seals, dos estados Unidos e a do Special Boats Service britânico. Sua função geralmente é de se infiltrarem sem serem detectados, em áreas litorâneas e ribeirinhas, e executar tarefas como reconhecimento, sabotagem e destruição de alvos de valor estratégico. Também são especialistas em guerra não convencional, o que caracteriza a sua doutrina de forças especiais.
  Foi criado em 1974 e é subordinado à Força de Submarinos, que lhe fornece o principal meio de transporte. As equipes são transportadas até às proximidades do alvo por um submarino, a partir do qual podem sair à nado, em caiaques ou em botes infláveis que podem ser lançados do submarino ainda sob a água. O GRUMEC também pode alcançar o alvo saltando de paraquedas ou desembarcando de helicópteros. O GERR - MEC, Grupo Especial de Retomada e Resgate - Mergulhadores de Combate, congrega o pessoal responsável pela retomada de navios, instalações navais, plataformas de petróleo, bem como o resgate de reféns que venham a ser tomados por terroristas ou outros criminosos. Utilizam a tática conhecida como VBSS (Vessel Boarding Search and Seizure) e treinam regularmente em conjunto com os Comandos Anfíbios.

História
  Os primeiros MECs (Mergulhadores de Combate) brasileiros foram dois Oficiais e dois Praças que concluíram em 1964, o curso da Underwater Demolition Team (Equipe de Demolição Submarina), antiga força de elite da Marinha dos Estados Unidos, precursora do US Navy Seals. Com base na experiência desses militares foi criada em 1970 a Divisão de Mergulhadores de Combate na Base Almirante Castro e Silva. No ano de 1971 mais dois Oficiais e três Praças foram qualificados pela Marinha Francesa como "nageurs de combat" e, em 1974, foi formada no Brasil, pelo atual Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché (CIAMA), a primeira turma de Mergulhadores de Combate.
Em 1983 a Divisão de Mergulhadores de Combate foi transformada no Grupamento de Mergulhadores de Combate, como parte integrante do Comando da Força de Submarinos. No dia 12 de dezembro de 1997, o Ministro da Marinha criou o Grupamento de Mergulhadores de Combate, sediado na cidade do Rio de Janeiro e diretamente subordinado ao Comando da Força de Submarinos. Foi ativado no dia 10 de março de 1998.

Formação
  O curso de formação é prioritário para militares da Marinha do Brasil, do Corpo da Armada ou do Quadro Complementar da Armada, não podendo ser frequentado por Fuzileiros Navais, e objetiva habilitá-los a operar equipamentos de mergulho, armamento, explosivos, utilizar técnicas e táticas para guerra não convencional e conflito de baixa intensidade, capacitando-os a executar, em suma, os diversos tipos de operações especiais. Além de ser o curso operacional mais longo das Forças Armadas Brasileiras, é conhecido por ser um dos mais rigorosos, de cada trinta inscritos, em média quatro conseguem concluí-lo, havendo edições em que nenhum candidato se formou.
  É divido em duas categorias, para Oficiais, existe o CAMECO - Curso de Aperfeiçoamento de Mergulhador de Combate para Oficiais, com duração de 41 semanas, divididas em quatro fases e uma fase zero, onde é dada ênfase especial ao planejamento de operações, com as disciplinas de treinamento físico militar, processo de planejamento militar e estudo de casos, gestão contemporânea e noções básicas de gestoria e liderança. Nas demais fases, as matérias abrangem: treinamento físico militar; defesa pessoal; higiene de campanha; primeiros socorros; equipamento autônomo de circuito aberto e fechado; técnicas de combate; operações ribeirinhas; demolições; armamento; comunicações; técnicas de reconhecimento de praia; operações especiais submarinas; introdução ao microcomputador; sistema de comunicações da Marinha; e inteligência.
  Para Praças, existe o C-ESP-MEC - Curso Especial de Mergulhadores de Combate, com duração de 32 semanas, com as mesmas atividades instrucionais do CAMECO, exceto a fase zero.
  Depois de formado MEC, o militar é designado para servir no GRUMEC, onde participará de um completo programa complementar de adestramento e realizará cursos de extensão e estágios em diversas áreas, como Desativação de Artefatos Explosivos (DAE), Curso Básico de Paraquedista Militar, Mestre de Salto, Salto Livre, Mestre de Salto Livre, Precursor Paraquedista, Dobragem e Manutenção de Paraquedas e Suprimentos pelo ar (DOMPSA), Estágio Básico de Montanhismo, Curso de Operações na Selva, Estágio de Operações no Pantanal, Estágio de Caçador, dentre outros.

 Além de ser um curso extremamente difícil, o militar que concluir o curso será formado em todo o tipo de situação, se não é o mais completo que existe no Brasil com certeza um dos mais completos.
Abraço.


Fonte: wikipedia

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

PRIMEIRO POST

   Me apresentando, meu nome é Diego Paiva (ou Max como alguns me conhecem), sou profissional da área de segurança privada, espero em breve estar na segurança pública; tenho cursos como escolta armada, carro forte, antiterrorismo e mais alguns; pratico algumas artes marciais como Tae Kwon Do desde os meus sete anos de idade e a algum tempo Muay Thai.
   Bom esse é mais um Blog que eu faço, confesso que já estou em falta com o outro que tenho, o Heavy Gain, pois eu demoro a postar coisas novas, mas cada um vai falar de assuntos que eu me interesso, e de certa forma, entendo um pouco, o Heavy Gain fala de musculação e fisiculturismo, e agora o OPERACIONAL ELITE vai falar da segurança pública, segurança privada e um pouco de artes marciais, a idéia é trocar informações, sempre, acho que o grande legal da internet hoje é isso, é essa troca de informações de forma rápida e fácil que podemos ter.